A notícia absurda foi confirmada pelo Superintendente Regional de Ensino de Carangola, Professor Aguinaldo, que gentilmente foi à sessão da Câmara Municipal explicar a situação de corte de transporte escolar, uma medida que “veio de cima”, e que representa um grave retrocesso ao princípio da inclusão escolar, sendo mais uma ENORME falha da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), e consequentemente, do Governo ZEMA/SIMÕES.

Câmara de Carangola repudiou o corte

Todos os vereadores presentes manifestaram em plenário severas críticas à decisão estadual, descrita como “desumana, excludente, absurda e covarde”. Lembraram que as famílias já enfrentam dificuldades para garantir acessibilidade às suas crianças, e o anúncio do corte agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade desses estudantes. A unanimidade do posicionamento dos vereadores reforça o clamor por uma postura mais solidária por parte do Governo de Minas.

Ministério Público: tempo de agir

Ficou explícita nas falas dos vereadores e dos pais das crianças na sessão da Câmara, que o MPMG precisa ingressar uma Ação Civil Pública imediatamente, para assegurar o transporte e garantir direitos constitucionais à educação inclusiva. O Ministério Público de Minas já tem histórico de ações semelhantes: em Ribeirão das Neves, Defensoria e MPMG ajuizaram medidas após o Estado suspender transporte e deixarem crianças com deficiência sem aula em 2025. (O Tempo+1MPMG+1).

No caso de Carangola, a necessidade é ainda mais urgente: crianças com limitações de locomoção e de desenvolvimento cognitivo dependem exclusivamente do sistema público adaptado para frequentar a escola.

Impacto político e popularidade em queda de Zema e Mateus Simões em MG

A repercussão negativa nesta semana em Carangola surge em meio a um cenário de desgaste político para Romeu Zema e seu vice Mateus Simões em todo o Estado de MG. O TCE já havia questionado, em julho, a municipalização de escolas via “Mãos Dadas”, alertando sobre os riscos para alunos com necessidades especiais Estado de Minas. Além disso, críticas vindas de organizações sindicais estaduais (Sind‑UTE/MG) denunciaram cortes e terceirizações que comprometem a educação pública Brasil de Fato. Tudo isso contribui para o enfraquecimento da popularidade do governador e do seu vice, Mateus Simões, que já sinaliza pretensão de concorrer ao governo de Minas em 2026.

A impressão geral é que ações como esse corte, que ferem direitos básicos e atingem públicos vulneráveis, corroem o capital político da dupla. É provável que essa medida intensifique debates na Assembleia Legislativa (ALMG) e aprofunde investigações sobre as práticas da SEE-MG.

Enfim, o corte do transporte escolar para crianças com necessidades especiais na zona urbana de Carangola na rede estadual de educação é inaceitável e foi repudiado de forma unânime pela Câmara Municipal de Carangola. Fica a pergunta: será que algum vereador de Carangola terá coragem de apoiar MATEUS SIMÕES ao Governo de Minas nas próximas eleições?

Há soldado e legítimo risco ao direito constitucional à educação inclusiva, o que justifica com urgência uma ação do MPMG para reverter a medida. Este episódio expõe novamente falhas recorrentes na gestão da educação pública mineira — sobretudo no que diz respeito à atenção necessária aos alunos mais vulneráveis. Carangola hoje simboliza uma urgência que não pode ser ignorada.

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