DOIS SÃO PRESOS EM FERVEDOURO E MURIAÉ DURANTE OPERAÇÃO CONTRA CORRUPÇÃO EM UNIDADES PRISIONAIS DE MG
9 de outubro de 2020
Nesta quinta-feira um detento que veio transferido da unidade prisional Nelson Hungria para Muriaé foi ouvido pela Polícia Civil
Muriaé e outras 13 cidades mineiras são alvos de uma operação denominada “Alegria”, comandada pela Polícia Federal, que investiga uma quadrilha de servidores públicos e advogados, suspeitos de negociarem vagas e regalias em unidades prisionais do estado.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil. Em Muriaé um detento que está preso na Penitenciária Dr. Manoel Martins Lisboa Júnior teve seu depoimento colhido nesta quinta-feira (08). Ele veio transferido da Penitenciária de segurança máxima, Nelson Hungria em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Ao todo, estão sendo cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão.
Além de Muriaé, também estão sendo cumpridos mandados em Fervedouro, Belo Horizonte, Betim, Contagem, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Ouro Preto, Passos, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano.
Sobre a operação “Alegria”
A operação recebeu o nome de Alegria por ser como os detentos que participavam das irregularidades chamam a Unidade Prisional Nelson Hungria.
As investigações apontam que um grupo de servidores públicos e advogados negociavam vendas de vagas em unidades prisionais e pavilhões, além da facilitar a entrada de objetos não permitidos e outras práticas ilícitas.
Ainda segundo as investigações, dezenas de presos de alta periculosidade eram transferidos de unidades prisionais, escolhiam os pavilhões que queriam ficar e até recebia autorização para trabalhar.
Em nota a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), afirmou que apoia veementemente as investigações e não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores.
Confira na íntegra, a nota de esclarecimento emitida pela Sejusp
Diante dos desdobramentos da Operação Alegria, deflagrada nesta quinta-feira, 08.10, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco-MG), composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Penal do Estado e Departamento Penitenciário Nacional, destaca-se:A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) ressaltam, de forma enfática, que não compactuam com quaisquer desvios de conduta de seus servidores. A secretaria tem atuado, com prioridade e dentro do que prevê a lei, no combate a ações criminosas e no flagrante e investigação de posturas inadequadas com a conduta esperada de um profissional da segurança pública.A Sejusp e o Depen-MG apoiam veementemente todas as operações que visam a correição de desvios de seus servidores, como a deflagrada nesta quinta-feira. Ressalta, ainda, que os profissionais presos nesta manhã não conjugam dos valores cultivados pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais e não representam os mais de 17 mil servidores que, diariamente, possuem a missão de custódia e ressocialização de cerca de 60 mil internos em Minas.
Fonte : Rádio Muriaé