FALA CIDADÃO: MORADORES DO LOTEAMENTO VILLAGE GREEN (LOTEAMENTO DO BIGODE) EM CARANGOLA DENUNCIAM SUPOSTAS IRREGULARIDADES NA INFRAESTRUTURA E SE ASSUSTAM COM O APARECIMENTO CONSTANTE DE “OLHOS D’ÁGUA”, ÁGUA CORRENTE E AFUNDAMENTOS NA VIA, EROSÃO E RACHADURAS EM RESIDÊNCIAS; MINISTÉRIO PÚBLICO INSTAURA INQUÉRITO CIVIL PARA APURAR O CASO; PREFEITURA DE CARANGOLA EMITE LAUDO DE VISTORIA QUE SUGERE ESTUDO GEOTÉCNICO COM URGÊNCIA
23 de novembro de 2024Vários moradores do loteamento VILLAGE GREEN (loteamento do Bigode), no bairro Triângulo em Carangola, procuraram a reportagem do Carangola Notícias, para relatar vários problemas que eles tem enfrentado nos últimos anos naquele loteamento. O constate aparecimento de “olhos d’água”, água corrente nas ruas, erosão de barrancos, buracos, afundametos nas vias, demonstra falhas na obra de infraestrutura do loteamento. Além dessas deficiências, várias residências tem apresentado danos constantes, com rachaduras de tamanho considerável, podendo comprometer a estrutura dos imóveis.
O medo de mais um desastre natural começou a fazer parte da vida de vários moradores do loteamento, uma vez que em Carangola, por duas vezes, dois loteamentos foram afetados e quase todos os moradores perderam suas casas, sendo um caso no bairro Panorama e outro no loteamento Petrópolis. Diante dos problemas evidentes, moradores se organizaram para cobrar providências das autoridades competentes.
Diante das evidências apresentadas, em Maio/2024, o Ministério Público de Mimas Gerais, através do Promotor de Justiça, Dr. Breno Max de Jesus Silveira, instaurou inquérito Civil no âmbito da curadoria da habitação e urbanismo, para apuração das supostas irregularidades no “loteamento do Bigode”, figurando como investigados os loteadores, o município de Carangola e o SEMASA. O inquérito civil possui a seguinte ementa:
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A Prefeitura de Carangola emitiu um LAUDO DE VISTORIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO GEOTÉCNICO em SETEMBRO/2024, verificando as evidências alertadas pelos moradores, e após análise técnica, concluiu o seguinte:
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Como se pode ver, o próprio Laudo é concluído recomendando COM CELERIDADE o estudo GEOTÉCNICO que considere toda a região do loteamento VILLAGE GREEN por profissional habilitado para examinar grau de segurança e forma ideal de tratamento.
Com toda essa espera do andamento das investigações do INQUÉRITO CIVIL e do estudo GEOTÉCNICO, os moradores ficam ainda mais apreensivos, tendo em vista o aumento de problemas nas vias públicas do loteamento e também em imóveis, que começam a ter rachaduras maiores.
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A própria Defesa Civil interditou algumas áreas no loteamento, o que traz ainda mais temor aos moradores.
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Os moradores contam com a celeridade do estudo GEOTÉCNICO e das investigações do INQUÉRITO CIVIL do MPMG, tendo em vista a proximidade do período de chuvas e o temor em ter suas casas ainda mais comprometidas.
Vale ressaltar que foram sonhos lá construídos, e que agora o medo de ver o sonho desmoronar passa fazer parte do dia a dia de cada morador. O que aconteceu há alguns anos no bairro Panorama e no loteamento Petrópolis foi lamentável, e os moradores do loteamento VILLAGE GREEN (loteamento do Bigode) aguardam ansiosos por providências urgentes no sentido de mitigar riscos. As intervenções geotécnicas necessárias precisam ser mais rápidas que o avanço dos danos estruturais que vem ocorrendo no loteamento.
Uma moradora do loteamento, a qual teve sua casa afetada, contratou uma engenheira ambiental particular para análise do lote e da sua casa que lá foi construída, tendo a engenheira constatado um curso d’água no local, concluindo que a residência foi construída em área de preservação ambiental, sendo constatadas inconsistências ao analisar as autorizações emitidas pelo IEF e pela Prefeitura de Carangola, se comparadas à realidade do local.
Espera-se que as autoridades dêem a ESPECIAL E NECESSÁRIA ATENÇÃO A ESTE SÉRIO PROBLEMA! Talvez este seja um dos mais graves problemas do município de Carangola na atualidade e que muita gente nem estava sabendo. A administração pública municipal, os vereadores (representantes do povo), o SEMASA, os loteadores, a Defesa Civil e o MPMG, precisam agir dando especial atenção a esse problema com uma resolução rápida e indicada tecnicamente para o caso, de forma a dar suporte e proteção aos moradores do loteamento, evitando-se um mal maior.
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