logo-blog

PALAVRA DO PADRE: LEIA O TEXTO “HOMENS!” – COM PADRE HIGOR LUIZ

30 de junho de 2024

“HOMENS!”

.

A primeira metade de 2024 já virou história. Na minha vida pessoal, dentre boas memórias, marca-se o início de uma missão nestas terras carangolenses, mais especificamente na Paróquia de Santa Luzia, como colaborador do padre Valcy; e, neste espaço, o retorno da “Palavra do Padre”. Agradeço.

Confesso que pensei em iniciar com uma palavra evangelizadora (iluminadora) acerca dos temas polêmicos que abalaram nossa sociedade nestes últimos meses. Com tantas datas comemorativas em junho, alguns outros assuntos também foram cogitados. Destacarei – assim resolvi – a celebração deste domingo, como uma luz em meio às trevas.   

Neste domingo, 30 de junho, os grupos de “Terço dos Homens” da Forania de Carangola se reuniram na Escola Servita e, após uma caminhada, concluíram o encontro, às 10h30, com uma Missa, no Santuário, presidida pelo padre Elias Garcia, assessor diocesano do Terço dos Homens.

Homens rezando o terço. Homens se reunindo para orar. Homens em fraternidade sadia. Homens de Deus. Um sinal de Esperança. Um bom exemplo. 

Não sou ingênuo a ponto de canonizar todo ser que reza. Não excluo as imperfeições nem as possíveis incoerências de um ser humano. Contudo, ouso enxergar nisso, mais que um evento, um testemunho; mais que um atestado de santidade, uma proximidade daquele que tem poder para nos santificar, uma possibilidade de salvação.

Por aqui, concluímos o mês dedicado ao Coração de Jesus, a Santo Antônio, a São João, a São Pedro e São Paulo, com muitos homens, simples e imperfeitos como estes, que se atrevem a aproximar do Divino Coração, por meio do Coração materno de Maria, auxiliados pelas monótonas contas de um Rosário. Creio que, se mais homens tivessem essa mesma ousadia, não estaríamos nos cansando tanto com temas chatos que fazem nossa sociedade permanecer contemplando somente mistérios dolorosos. Afinal, “o homem rezando se torna menino, que pode mudar do mundo o destino”.

Serei mais claro: os maus exemplos de tantos homens desgastaram muito a figura masculina. Havendo mais homens que rezam _ e que vivem o que rezam _ tanto mais orgulho haveria em ser o que são chamados a ser, com a justa força e o robusto encanto; tanto mais o inconsciente coletivo os louvaria; tanto mais as mulheres os respeitariam e os desejariam por perto; tanto mais haveria justiça, paz e proteção, com caridade; tanto mais não haveria de se falar em aborto, posto que dariam todo suporte e amor à mãe e ao filho gerado, posto que respeitariam toda mulher, sua liberdade e sensibilidade, posto que valorizariam a estabilidade do matrimônio, a fidelidade e a família; tanto mais não haveria de se falar em drogas e outros vícios, posto que estes seriam rechaçados, evitados e combatidos, porque, claramente, são destrutivos a toda a família e até quem defende não pode negar que muitos usuários foram introduzidos a isso a partir de um contexto familiar tóxico; tanto mais não se haveria de falar de famintos, de desrespeitos, de perseguições, de intolerâncias… e por aí vai. Acredito na força da oração, e, no santo terço, como “bíblia que Deus deu ao povo”, como canal de conversão e de transformação humanitária.

Num mês de festejos por causa da marca positiva que santos homens deixaram, pedimos ao Coração de Jesus a graça de todos nós nos assemelharmos a Ele. E, olhando para Ele e para Sua Santa Mãe, conscientes e aturdidos e esperançosos, suplicamos, ainda: “O mundo sem fé na dor se consome. Ajuda esse mundo com o terço dos homens”.

PE. HIGOR LUIZ ARANTES NEPOMUCENO

Vigário Paroquial – Paróquia Santa Luzia – Carangola – MG