Escrevendo, o apóstolo Paulo aos Gálatas, falou-lhes sobre o evento que mudou a história da humanidade. A história humana é dividida em dois grandes períodos, isto é: antes e depois de Cristo. Afirma o apóstolo dos gentios: “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei, para remiros que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial”. Somos filhos de Deus. Somos filhos da luz. Jesus Cristo feito Carne veio habitar no meio de nós.

Os cristãos e,os nãos cristãos se reúnem em família pra celebrarem esta data de maneira bem solene. É a festa do Natal. É a explosão da alegria da vida que brota no seio de uma Virgem que fez do seu SIM um serviço prestado a todo o povo de Deus. Natal é vida, Natal é alegria. Natal é Luz. Natal é forma de um Deus Criador demonstrarseu amor incondicional a cada ser humano sobre a face da terra. Por isso as pessoas festejam, comemoram e celebram este evento humano e divino com o coração em festa.

Como a beleza da vida fala por se mesma, nos curvamos sobre o mistério do Deus encarnado, que no rosto indefeso de uma criança, nascida em Belém de Judá, leva reis e plebeus a contemplarem a bondade do Criador. Diante do mistério não temos alternativa. Calamo-nos e, com os olhos da fé, enxergamos além das aparências humanas o mais profundo sentido da existência de cada pessoa. Atingir a plenitude de Cristo. O casal de Nazaré embala o mais precioso tesouro em pobres faixas e para que todos nós descobríssemos que na fragilidade de cada ser vivo existe escondido a riqueza do Criador.

Toda e qualquer data em nossa vida possui o valor e o significado que a gente quiser. Assim, o natal pode ser muito solene para uns e não significar nada para outros. Para aquele que compreendeu a razão de sua passagem por esse mundo não apenas do ponto de vista material, quando chegar o Natal, chegará a oportunidade de superar a materialidade atingindo o mais precioso dom.

Desejo que cada pessoa se humanize cada vez mais. Que todo ser humano se sensibilize pelos mais pobres e que nossas festas natalinas não cheirem apenas atitudes pagãs, mas nos coloque defronte ao mais profundo dos mistérios da existência – o homem divinizado. O divino humanizado.

Pe. Jamir Pedro Sobrinho

Pároco da Paróquia de Santa Luzia de Carangola

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